SAÚDE MENTAL | 15.AGOSTO.2019
Preocupação com dinheiro reduz produtividade no trabalho
Dinheiro pode não trazer felicidade, mas com certeza ajuda a garantir sua estabilidade e também a realização de alguns sonhos. Ao mesmo tempo, ele tira o sono de muita gente: 63,2 milhões de pessoas no Brasil têm dívidas atrasadas – essa parcela de endividados é maior que a população da Itália -, segundo a Serasa Experian.
Pagar as contas do mês é a maior preocupação financeira do brasileiro, logo, essa pauta deixou de ser discutida apenas no âmbito pessoal e passou a fazer parte também da agenda corporativa. Isto porque pesquisas comprovaram que viver no limite do orçamento atinge todos os aspectos da vida, inclusive o profissional.
O estudo “The Employer’s Guide to Financial Wellbeing” [O guia do empregador para o bem-estar financeiro], feito no Reino Unido com mais de dez mil trabalhadores, revelou que funcionários endividados ou que têm preocupações com dinheiro produzem, em média, 15% menos que seus colegas.
Impacto na saúde mental e no trabalho
Para avaliar o impacto na saúde mental e no desempenho, o estudo comparou aqueles que têm preocupações financeiras com aqueles que não. Os funcionários endividados são 8,8 vezes mais propensos a terem insônia e, por isso, têm 7,6 vezes mais chances de não concluírem tarefas diárias; também estão 5,7 vezes mais inclinados à relacionamentos problemáticos no trabalho.
A preocupação com as contas em aberto é maior entre as pessoas com até 44 anos. Esses funcionários têm seis vezes mais chances de verem a qualidade de seu trabalho cair; são cinco vezes mais propensos a serem deprimidos e estão quatro vezes mais suscetíveis à ataques de pânico.
Mas engana-se quem pensa que mal-estar financeiro está diretamente relacionado à renda. Um dos grupos mais preocupados é formado pelas pessoas que ganham mais. Ou seja, a causa do estresse financeiro não é necessariamente a quantidade, mas o que é feito com o dinheiro.
Educação financeira nas empresas
Muitas empresas começaram a implementar programas internos de educação financeira, devido aos gastos com afastamentos médicos e faltas recorrentes de funcionários. Quando bem aplicada, essa medida pode aumentar a produtividade, reduzir o absenteísmo e reter talentos.
Segundo o relatório Tendências Globais de Capital Humano de 2018, 43% das empresas enxergaram benefícios na implementação dessa estratégia e concluíram que um programa de bem-estar financeiro contribui para a melhoria dos colaboradores como um todo.
Precisa de ajuda para desenvolver um programa de saúde e bem-estar financeiro na sua empresa? Fale com a gente!