RISCO À SAÚDE | 22.FEVEREIRO.2021
Sífilis é uma doença de fácil e rápida transmissão, que pode levar à morte se não tratada a tempo. Ela afeta diversos órgãos do corpo humano, sendo especialmente perigosa se a pessoa infectada estiver grávida.
Quais as formas de transmissão da sífilis?
As principais vias de transmissão da sífilis são: relação sexual desprotegida (oral, vaginal, anal) e da mãe para o bebê, durante a gestação. Outros meios de contágio, mais raros, são por transfusão de sangue e contato direto com sangue contaminado.
Sinais e sintomas da sífilis
A sífilis se manifesta em estágios diferentes:
Sífilis primária: ferida, geralmente única, indolor e sem secreção, que aparece entre 10 e 90 dias após o contágio e cicatriza espontaneamente em algumas semanas. Esta lesão nem sempre é detectada, uma vez que pode estar localizada em locais pouco visíveis como vulva, vagina, ânus, língua e garganta.
Sífilis secundária: acontece entre seis semanas e seis meses após o aparecimento e cicatrização da primeira ferida. Sua caraterística principal são manchas no corpo, inclusive nas palmas das mãos e plantas dos pés. Pode ocorrer febre, dor de cabeça, dores no corpo e aumento dos gânglios.
Sífilis latente: é um período assintomático entre os dois primeiros estágios da infecção e sua terceira fase. Este intervalo pode durar anos ou décadas e só é possível identifica-lo com exames laboratoriais.
Sífilis terciária: pode surgir de dois a 40 anos após o início da infecção. Costuma apresentar sinais no sistema nervoso (perda visual, demência, déficit neurológico, incontinência urinaria e impotência), além de causar deformidade nos ossos, dor crônica e dilatação dos vasos sanguíneos, podendo levar à morte.
Quais são os sintomas da sífilis congênita?
Sífilis congênita é a doença transmitida para a criança durante sua gestação. Pode se manifestar logo após o nascimento, durante ou depois dos primeiros dois anos de vida. Costuma gerar complicações como má-formação do feto, surdez, cegueira e deficiência mental.
Ainda, no decorrer da gravidez, a sífilis pode causar morte do bebê ao nascer ou mesmo aborto espontâneo. Por isso, é tão importante fazer o teste para detecta-la no pré-natal.
Quando a gestante é tratada a tempo, com comprovação de resposta ao tratamento, é considerado que o recém-nascido foi exposto a sífilis, mas não possui a doença congênita.
Como confirmar o diagnóstico?
O teste rápido de sífilis é prático e de fácil execução, com leitura do resultado em, no máximo, 30 minutos. No caso de resultado positivo, uma amostra de sangue é coletada e encaminhada para realização de um teste laboratorial (não treponêmico) para confirmação do diagnóstico.
Em gestantes, devido ao risco de transmissão ao feto, o tratamento deve ser iniciado com apenas um teste positivo, sem precisar aguardar o resultado do segundo exame.
Devido ao aumento da quantidade de casos no país, a recomendação de tratamento imediato antes do resultado do segundo exame se estendeu para outras circunstâncias: vítimas de violência sexual; pessoas com sintomas de sífilis primária ou secundária; pessoas sem diagnóstico prévio de sífilis e pessoas com grande chance de não retornar ao serviço de saúde para verificar o resultado do segundo teste.
Qual o tratamento para sífilis?
A penicilina benzatina é o tratamento mais indicado para sífilis e, quando realizado adequadamente, garante a cura. A parceria sexual também deverá ser testada e tratada para evitar a reinfecção.
A doxiciclina é um medicamento alternativo, que poderá ser utilizado em pacientes alérgicos à penicilina. Porém, possui menores taxas de cura e não é recomendado para gestantes.
Como a sífilis pode ser evitada?
O uso correto e regular da camisinha feminina ou masculina é uma medida importante de prevenção da sífilis. O acompanhamento das gestantes e parceiros sexuais, durante o pré-natal, contribui para o controle da sífilis congênita.
Leia também: