TRABALHO | 09.MAIO.2023
Como otimizar a gestão das políticas de Segurança e Saúde e do FAP?
O gerenciamento de custos é uma tarefa importante para qualquer empresa que queira garantir um ambiente de trabalho produtivo. A eficiência na realização deste serviço também será determinante para assegurar o controle financeiro da organização, além de colaborar no desenvolvimento de ações preventivas relacionadas à saúde dos trabalhadores.
Com base neste cenário, a B2P, empresa especializada na gestão de afastados, marcou presença na 5° edição do Fórum de Gestão de Saúde e Segurança do Trabalho, promovido pela Central Consult. O evento abordou temas como a nova CIPA, as regras atualizadas de treinamentos contra assédio, entre outros assuntos.
O painel mediado por Marlene Capel, diretora da B2P, contou com a presença do Dr. Fábio Santos, médico e consultor corporativo da JBS, e do Dr. Chede Suaiden, sócio previdenciário na Bichara Advogados e professor no Insper. Os palestrantes trouxeram um panorama atualizado dos índices de absenteísmo, a relação destes dados com o FAP e como gerar economia por meio da área de SST.
SST, EHS, HSE e FAP: Entenda as diferenças
Primeiramente, é importante destacar que SST (Segurança e Saúde no Trabalho), EHS (Environmental, Health and Safety) e HSE (Health, Safety and Environment) referem-se às práticas e políticas de segurança e saúde no meio corporativo. Já o FAP (Fator Acidentário de Prevenção) é um índice variável de 0,5 a 2,0, utilizado para calcular o valor da alíquota de impacto do Seguro Acidente de Trabalho (SAT) que as empresas precisam pagar mensalmente sobre a Folha de Pagamento.
Sendo assim, um dos objetivos do FAP é estimular que as organizações invistam em medidas preventivas para reduzir o número de acidentes e doenças ocupacionais. Quanto menor for o índice do FAP, menor será a alíquota do SAT.
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O que pode ser contestado no FAP?
Segundo o Doutor Chede Suaiden, “60% das empresas não fazem a gestão adequada do FAP”.
“Esse é um dado alarmante, pois trata-se do capital humano das organizações. Este índice não traz apenas as mortes, ele contempla também os casos de invalidez, problemas que podem ser resultantes da atividade na empresa, entre outras causas. Essa gestão precisa ser feita”, completa.
Além disso, se a empresa não tem a prática de fazer a gestão adequada do FAP poderá ser prejudicada em defesas futuras, se a companhia fizer alguma contestação. Mas quais dados podem ser contestados? Entre eles estão:
• Casos de empregados já desligados da organização;
• Pessoas desconhecidas que, porventura, podem aparecer na lista da empresa;
• Erro nos índices de taxa de rotatividade, massa salarial, custo, etc.;
• Dados fora do biênio.
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Diante deste cenário, muitas organizações buscam o suporte técnico de uma consultoria especializada em gestão de afastados.
“A B2P é um braço estendido aos nossos clientes na constante geração de cenários de oportunidades para redução do FAP. Só a título de exemplo, em 2022, nós oferecemos como custo evitado R$56 milhões com a gestão de dados e informações para gerenciar o Fator Acidentário”, comenta Marlene Capel.
Além disso, a B2P também oferece suporte administrativo e previdenciário para os afastados de seus clientes.
Relação entre SST e FAP
É importante frisar que as medidas de SST não devem ser adotadas visando apenas a redução do FAP, mas sim por uma questão de responsabilidade social.
“A área de SST é estratégica para a empresa. Estamos passando por uma fase onde vemos ser fortalecido um conceito de sustentabilidade muito mais enraizado nas companhias”, esclarece o Dr. Fábio.
O consultor explica também que os acidentes e doenças do trabalho devem ser analisados sob dois aspectos: os impactos imediatos causados à organização, bem como os reflexos futuros que acontecerão em decorrência do número de afastamentos.
“Quando a gente fala da relação dos acidentes com o mercado, a gente leva em consideração o custo imediato, com o tratamento do colaborador (gastos com plano de saúde e tempo de afastamento), mas também os efeitos causados ao ambiente (isso vai desde a equipe reduzida e volume de trabalho, até a forma como a companhia será vista dali em diante)”.
O quanto avançamos na prevenção de acidentes e doenças do trabalho nos últimos anos?
De acordo com os índices apresentados pelo Dr. Fábio Santos, “nos últimos 7 anos, tivemos uma evolução muito pobre dos pontos de vista corretivo e preventivo, na área da saúde e segurança ocupacional no Brasil”.
“Em 2015, foram registrados cerca de 377 mil acidentes típicos. Em 2017, chegamos a 334 mil. Em 2019, o índice cresceu novamente para quase 370 mil e em 2021 houve uma queda para 344 mil casos”, completa.
Quando se compara o volume de acidentes entre 2021 e 2019, os dados apontam uma redução de 8,57%. Se considerarmos a taxa de óbitos durante esse mesmo período, o número é menor – uma diminuição de 1,61%.
“Isso indica que a cada manhã, cerca de 700 pessoas sofrerão algum tipo de acidente de trabalho no Brasil”, alerta o consultor corporativo.
Taxas de absenteísmo: Por quais motivos os trabalhadores mais faltam?
Segundo informações apresentadas no Fórum, 30% das faltas dos profissionais brasileiros são motivadas por doenças. Sendo assim, é importante que as empresas desenvolvam, por meio de suas políticas internas, maneiras de mitigar os riscos, prevenir acidentes e adoecimentos pelo trabalho, bem como proporcionar bem-estar aos seus trabalhadores.
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Entre as principais causas de absenteísmo também se encontram:
• Questões pessoais (27%);
• Assuntos familiares (20%);
• Estresse (12%);
• Mentalidade de direito (11%) “Se o meu colega faltou, eu também posso faltar. Se eu fui prejudicado na linha de produção pela falta de outro profissional, eu também tenho o direito de repor essa falta”.
Ou seja, como vimos, o FAP também está diretamente ligado aos índices de doenças do trabalho (uma das principais causas do absenteísmo). Por isso, o setor de saúde e segurança das organizações não pode visar somente o lucro no processo operacional. O mais importante é que essa área evite os prejuízos em decorrência dos afastamentos, adoecimentos e acidentalidades do trabalho. Afinal, esses problemas irão influenciar no Fator Acidentário.
Por que a prevenção é o melhor caminho?
Lembre-se: A prevenção evita gastos desnecessários. Para isso, é fundamental investir em treinamentos e capacitações, além de manter um ambiente de trabalho adequado, saudável e seguro.
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