FUTURO PRÓXIMO | 02.OUTUBRO.2018
Confira os planos dos presidenciáveis para a saúde suplementar
Estamos há poucos dias do primeiro turno das eleições de 2018 e a pergunta que fica é: quais são os planos dos presidenciáveis para a saúde suplementar brasileira? Conforme o portal de notícias G1, representantes dos cinco candidatos mais bem posicionados nas principais pesquisas (Ibope e Datafolha), a seguir listados em ordem alfabética, foram unânimes em responder às seguintes perguntas:
É a favor da criação de planos de saúde com uma espécie de franquia a ser paga?
É a favor de planos de saúde populares?
“Não” foi a resposta de todos os representantes ouvidos pelo G1: Henrique Javi (Ciro Gomes – PDT); Arthur Chioro (Fernando Haddad – PT); David Uip (Geraldo Alckmin – PSDB); e Marcia Bandini (Marina Silva – REDE).
Jair Bolsonaro (PSL) não deu entrevista, e, por isso, o G1 optou por apresentar suas opiniões sobre os temas com base apenas em informações que constam do programa de governo do candidato.
Outra questão feita pelo portal de notícias e respondida pelos representantes dos candidatos está reproduzida abaixo:
Quais diretrizes devem orientar as relações do governo com o setor de saúde suplementar?
Henrique Javi (Ciro Gomes – PDT): “A principal diretriz dessa relação é de que esteja alinhada com a lógica de entregar o melhor para a população, independentemente do seu segmento social, da sua classe econômica. O mais importante é que a gente precisa compreender que os dois sistemas têm que se unir no Sistema Nacional de Saúde e ter um diálogo franco e aberto, com objetivos comuns. As metas para o privado não podem ser diferentes das metas para o público. E aí entra um importante debate. A gente precisa ter uma pauta conjunta, aproximar, para que a gente possa construir um sistema único para os 200 milhões de brasileiros”.
Arthur Chioro (Fernando Haddad – PT): “As mesmas que pautaram a relação ao longo dos governos do presidente Lula e da presidenta Dilma. Na medida em que nós reconhecemos que, para melhorar a saúde, é preciso organizar a participação do setor privado como provedor de bens e insumos e como prestador de serviços complementares contratados pelo SUS. Vale lembrar que os nossos governos inauguraram o conceito de complexo produtivo da saúde. Isso ajudou a diminuir tanto a vulnerabilidade do sistema como apoiou, incentivou a própria indústria da saúde, como por exemplo a política industrial, o PDP, o Proad”.
David Uip (Geraldo Alckmin – PSDB): “Primeiro, transparência total. A ANS precisa ter critérios transparentes e publicitados de reajustes. A pessoa tem que entender por que está pagando por um aumento de saúde. Os planos de saúde possam oferecer ao cidadão um plano complementar de capitalização. Por quê? Quando ele chega na idade onde ele passa a ser menos produtivo, ou seja, ele tem menos renda, o plano aumenta o custo. Então, é ruim para todo mundo. É ruim para o usuário. Onera o serviço público, e é ruim para as operadoras, que perdem o usuário. Nós temos que ter criatividade e modernidade para não perder o cidadão no momento que ele mais precisa e ficar desassistido”.
Marcia Bandini (Marina Silva – REDE): “A gente reafirma o compromisso de que existam as agências reguladoras, no caso da Agência Nacional de Saúde Suplementar, mas que tenha aprimoramentos, melhorias nessas agências. Em que níveis? Primeiro, evitando conflitos de interesse, nomeações que não sejam técnicas; segundo, que a gente melhore a representação dos usuários dentro da ANS, que hoje estão sub-representados; terceiro, que as decisões sejam sempre baseadas no melhor conhecimento técnico-científico, para evitar, por exemplo, lobbies da indústria ou desperdícios; e quarto, que tenha indicadores claros, divulgados, para que a sociedade acompanhe o que está sendo discutido dentro da ANS”.
Jair Bolsonaro (PSL): No plano de governo, há a seguinte menção quanto aos planos de saúde:
“Toda força de trabalho da saúde poderá ser utilizada pelo SUS, garantindo acesso e evitando a judicialização. Isso permitirá às pessoas maior poder de escolha, compartilhando esforços da área pública com o setor privado. Todo médico brasileiro poderá atender a qualquer plano de saúde.”
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