EMPRESAS | 22.DEZEMBRO.2022
Tendências que poderão moldar carreiras em 2023
Nesta semana a Forbes lançou um estudo com 19 tendências sobre o futuro do trabalho. Baseado nas mudanças dos últimos anos, o relatório observa o comportamento dos trabalhadores em relação ao mercado.
Pensando nisso, separamos os principais destaques para 2023. Você confere ainda trechos da palestra de Thais Camargo, diretora de gente e gestão da It’sSeg, para o evento Top Sync deste ano.
Quais as tendências para 2023?
É fato que a pandemia acelerou as transformações que já vinham acontecendo na mentalidade dos funcionários.
“O colaborador tem um mindset diferente de dois anos atrás. Eles viveram em um novo mundo, onde passaram a ter outro propósito de vida. Agora as questões pessoais têm um peso maior”, Thais explica.
A perspectiva profissional da geração de trabalhadores mais jovens também mudou. Hoje existem pessoas mais interessadas em se aventurar em diferentes áreas do que permanecer por vários anos na mesma empresa, o que nos leva ao nosso primeiro tópico.
Ter uma carreira não-linear passará a ser mais comum
Os empregadores têm optado por contratar pessoas mais criativas, inovadoras e resolutivas ao invés daquele profissional de carreira estabelecida. Experiências fora do trabalho que podem ajudar em demandas profissionais, como voluntariado, por exemplo, também são bem-vindas no currículo do profissional do futuro.
Flexibilidade será a chave na atração de talentos
Um levantamento do LinkedIn mostrou que os candidatos valorizam, em ordem de preferência: remuneração e benefícios; apoio da empresa para equilibrar vida pessoal e profissional; arranjos flexíveis de trabalho, seja onde ou quando se trabalha; oportunidades de aprendizado e desenvolvimento.
A diretora de gente e gestão da It’sSeg comenta: “Precisamos repensar, olhando para nossa cesta de benefícios, nosso pacote de bem-estar e programas de desenvolvimento, o que podemos estruturar para atrair novos colaboradores e engajar a população que já temos. As pessoas querem ser reconhecidas de forma individual. Então, não adianta fazer programas padronizados”.
Escritórios multigeracionais serão uma realidade
Sabemos que ainda existe relutância do mercado em contratar profissionais que já tenham passado de certa faixa etária. Porém, os locais de trabalho em 2023 serão mais diversos em termos de idade.
Um levantamento da consultoria Ernst & Young feito com a plataforma Maturi, mostrou que o grupo com mais de 50 anos já representa 26% da população. A previsão é que até 2040, 57% da força de trabalho no Brasil tenha mais de 45 anos.
Pela primeira vez, teremos quatro gerações no mercado ao mesmo tempo.
Home Office trará mais felicidade e engajamento
“Os funcionários se acostumaram com o modelo de home office integral. Muitas pessoas mudaram o estilo de vida em decorrência das transformações no trabalho. Ou seja, a vida se reconfigurou”, comenta Thais Camargo.
Além disso, um novo estudo da Tracking Happiness, com 12.455 profissionais, descobriu que a capacidade de trabalhar remotamente está fortemente ligada à felicidade.
Trabalhadores que atuam em casa 100% do tempo são, em média, 20% mais felizes do que aqueles que não podem ficar em home office. A pesquisa apontou ainda que os funcionários com flexibilidade total de horário relatam produtividade 29% maior e aumento na capacidade de concentração.
Monitoramento de funcionários entrará em discussão
O avanço das tecnologias traz novas maneiras de monitoramento das atividades dos funcionários. O mercado de software de rastreamento de trabalhadores apresenta rápido crescimento, mas há muitas restrições e questões morais neste debate.
Segundo um relatório do Linkedin, em 2023, os empregadores começarão a perceber que a vigilância só está tornando as coisas piores. Colaboradores em monitoramento são “mais suscetíveis a fazer pausas não autorizadas, desobedecer instruções, danificar ou roubar equipamentos do trabalho e diminuir o ritmo propositadamente”, afirma o levantamento.
Espaços de trabalho terão cara de lazer
Já é possível encontrar escritórios parecidos com verdadeiras salas de estar. Poltronas, colchões, balanços, espaços para socialização, entre outros ambientes, são formas de engajar os colaboradores e promover o bem-estar integral.
Grandes organizações, como o Google, Nubank, Mercado Livre, iFood e Amazon, também estão criando espaços “instagramáveis”, com decoração temática, área de jogos e academia, justamente para atrair os funcionários para o escritório.
Já companhias menores apostam em serviços de coworking para reunir seus times algumas vezes por mês, em vez de manter um escritório padrão.
“Precisamos achar o ponto ótimo, ou seja, algo que esteja bom para o colaborador e que, ao mesmo tempo, seja vantajoso para a empresa. Este é um dos principais desafios na volta ao presencial”, destaca a diretora da It’sSeg.
Habilidades emocionais e comportamentais terão mais destaque
Essas habilidades, conhecidas também como soft skills, passam a ser mais relevantes neste cenário de mudanças pós-pandemia. Além da inteligência emocional, outras capacidades serão solicitadas com maior frequência pelo mercado. Entre elas:
- Foco na solução de problemas;
- Decisões assertivas e éticas;
- Cuidado com viés de julgamento;
- Habilidades de comunicação;
- Autogestão;
- Colaboração;
- Esclarecimentos sobre valores.
Funcionários estarão mais atentos com o comportamento politizado de suas lideranças
Já falamos aqui sobre a importância dos líderes se posicionarem nas redes sociais. Existe um crescimento real no interesse dos trabalhadores em saber como seus líderes pensam.
Um estudo da consultoria de gestão Korn Ferry, indicou que, quando consideram uma vaga de emprego, 60% dos empregados querem diretores que opinem sobre assuntos fundamentais (pautas raciais, de diversidade, meio ambiente, entre outros temas).
Essa temática tende a crescer em 2023, sendo que cada vez mais profissionais querem estar em uma empresa alinhada com seus próprios pensamentos.
Saúde mental continuará sendo tendência em 2023
Não poderíamos encerrar o texto sem antes falar sobre saúde. Diante da pandemia, um dos assuntos mais discutidos foi relacionado ao bem-estar dos funcionários.
Nas empresas este é um tema que merece ainda mais atenção. Afinal, lidamos com a rotina, metas e produtividade corporativa. Esses aspectos impactam na saúde mental e integridade física das pessoas.
“Atualmente, em um cenário de recuperação da pandemia, os colaboradores estão carentes de programas voltados para a saúde mental. Por isso, as empresas precisam olhar para este cenário e entender como elas podem ser aliadas dos funcionários”, explica Thais.
Portanto, seja no modelo presencial ou remoto, um clima humano e saudável pode ser a resposta para evitar o turnover de funcionários e reter novos talentos.
Confira na íntegra o artigo da Forbes
https://segurosinteligentes.com.br/oldrh/_old/saude-dos-colaboradores/