O modelo de pós-pagamento nos contratos de plano de saúde
Todos sabem que os planos de saúde corporativos representam um custo significativo para as empresas. Sendo assim, a área de Recursos Humanos tem a complexa tarefa de reduzir despesas sem cortar o benefício. E uma alternativa que atrai cada vez mais o interesse de grandes e médias empresas é a modalidade de pós-pagamento dos planos de saúde.
Não é para menos: os índices de redução de custos dos planos de pós-pagamento podem atingir a casa dos 30%, porque, diferentemente dos clássicos planos de pré-pagamento, eles não estão sujeitos a reajustes baseados na sinistralidade e na variação de custo médico-hospitalar (VCMH).
Diferença entre planos de pós-pagamento e pré-pagamento
Hoje, a maioria dos planos empresariais são pré-pagos. Nessa modalidade, a empresa paga um valor previamente calculado para a operadora por cada beneficiário, referente aos serviços cobertos contratualmente. Esse valor pode sofrer reajuste após 12 meses de vigência do contrato, conforme o índice financeiro estipulado (VCMH) e, também, quando é apurado um aumento da sinistralidade acima da média.
Já em contratos de pós-pagamento, as empresas pagam quase que integralmente pelos serviços que os beneficiários utilizaram, mais uma taxa administrativa. Com isso, é possível reduzir os custos assistenciais de maneira expressiva.
Um dos fatores para conseguir essa redução está na margem de lucro bruta das operadoras, pois, nos contratos pós-pagos, ela se restringe à taxa administrativa que representa, em média, 10% dos custos totais. Enquanto que nos contratos de pré-pagamento a margem está relacionada ao limite técnico da sinistralidade – sendo de 20% quando o limite é de 80%, até 30% quando o limite é de 70%.
Outras vantagens dos planos de pós-pagamento é a possibilidade de incluir coberturas extras do Rol da ANS, além de customizar a rede de atendimento e as regras de reembolso.
O que é melhor: contrato de pós-pagamento ou de pré-pagamento?
Os números atraem, mas é preciso cautela. Por causa das oscilações dos custos de serviços de saúde e a imprevisibilidade dos gastos nos contratos de pós-pagamento, a organização deve estudar se é viável migrar de modalidade, visto que é necessário certa maturidade da empresa para absorver riscos.
Questões como: número de beneficiários, histórico de uso do plano, quantidade de casos crônicos, entre outros fatores diretamente relacionados à Gestão de Saúde são decisivos para saber se o plano de saúde pós-pago é o melhor caminho para a redução de custos.
Nossa orientação é a de apurar os resultados e fazer um provisionamento financeiro anual, nunca mensal, para arcar com as despesas de saúde.
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