RISCO À SAÚDE | 16.NOVEMBRO.2020

Comorbidades que agravam risco de complicações da Covid-19

O Brasil é o terceiro país com mais casos de Covid-19 e o quarto em número de óbitos pela doença. Apesar disso, a estabilidade das taxas de pessoas infectadas e mortes associadas possibilitou o retorno gradual de atividades não-essenciais e a flexibilização da quarentena.

Nesse cenário, no qual a realocação dos postos de trabalhos é fundamental, é importante lembrar que algumas pessoas têm mais probabilidade do que outras de ficar gravemente doentes, como adultos mais velhos e pessoas com certas comorbidades.

Comorbidades: o que é e quais aumentam o risco

Comorbidade é um termo utilizado para se referir a pessoas que apresentam, ao mesmo tempo, duas ou mais doenças. Estudos mostraram que pessoas com doenças graves, caso sejam infectadas pelo SARS-CoV-2, têm maiores chances de desenvolver complicações da Covid-19. Entre essas doenças, estão:

  • câncer;
  • enfisema;
  • problemas cardíacos;
  • obesidade;
  • doença falciforme;
  • diabetes tipo 2;
  • transplante de órgão;

Ainda, mas em menor frequência, outras condições médicas podem agravar o risco de complicações:

  • asma;
  • hipertensão;
  • doença hepática;
  • gestação;
  • talassemia;
  • tabagismo;
  • fibrose cística.

Essa lista é relevante por chamar a atenção para condições médicas que não são de notificação obrigatória, mas são comuns. Portanto, além da idade, as comorbidades devem ser levadas em conta ao estratificar o risco individual de cada colaborador para, assim, determinar quando e em qual atividade retornar durante a pandemia do coronavírus.

Com a confirmação recente de casos de reinfecção pelo SARS-CoV-2, a realização de testes sorológicos com o objetivo de identificar indivíduos que apresentaram contato prévio com o vírus (IgG positivo) representa um medida pouco eficaz na realocação desses colaboradores, dado que o mesmo não pode ser considerado um marcador de imunidade duradoura ou de menor chance de complicações em uma nova infecção.

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