CORONAVÍRUS | 14.MARÇO.2022
Orientações sobre o Autoteste de Covid-19
No início de 2022, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) determinou as normas para o comércio e uso do autoteste de Covid-19 no Brasil. Este exame apresenta algumas vantagens que motivaram a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS/OMS) a incentivar sua utilização, como o isolamento precoce de pacientes infectados e diminuir o tempo com agendamento de exames ou filas nos hospitais antes de saber se realmente é necessário.
Segundo a Anvisa, o autoteste não define um diagnóstico, que deve ser realizado por um profissional de saúde. O resultado do exame deve ser utilizado apenas como orientação.
Como funciona o autoteste de Covid-19?
O autoteste permite que a pessoa realize todas as etapas da testagem, desde a coleta da amostra até a interpretação do resultado, sem a necessidade de auxílio profissional. Para isso, as instruções de uso devem ser seguidas atentamente.
O exame realiza a pesquisa de antígenos na amostra coletada, que pode ser pelo nariz, orofaringe ou ambos, conforme orientação do fabricante. A coleta é feita por meio de um swab (cotonete longo e estéril) que é inserido em um reagente. Este reagente, então, é colocado em um cartucho e o resultado pode ser obtido em apenas alguns minutos.
A Anvisa recomenda a utilização do autoteste entre o 1º e 7º dia do início de sintomas como febre, tosse, dor de garganta, coriza, dores de cabeça e no corpo.
Quais as vantagens e desvantagens do autoteste?
A principal vantagem do autoteste é que ele não necessita da estrutura de um laboratório para sua realização, portanto, seu custo é menor e fornece resultado rapidamente. Esses pontos ajudam a identificar um maior número de indivíduos que podem estar com infecção ativa, o que auxilia na orientação de isolamento e no controle da transmissão do coronavírus.
Entre os pontos negativos do autoteste está a maior chance de não detectar casos positivos, principalmente se realizado em indivíduos assintomáticos ou durante os primeiros dias de sintomas. Outro fator é que sua realização e interpretação dependem do paciente, o que pode gerar dúvidas.
Meu autoteste de Covid-19 deu negativo, o que devo fazer?
Se você apresenta sintomas, realizou o autoteste e seu resultado deu negativo, isso não significa que a infecção de Covid-19 está descartada.
O autoteste possui chances maiores de falhar na detecção quando comparado ao PCR. Na dúvida, outro tipo de exame deve ser realizado ou o teste rápido deve ser repetido em 24h e 48h. Enquanto a suspeita continua, é recomendável manter as medidas de proteção, como uso de máscara e isolamento.
Meu autoteste deu positivo, o que devo fazer?
Se você apresenta sintomas, realizou autoteste e seu resultado deu positivo, você provavelmente está com Covid-19. Fique atento aos sinais de alerta (piora da tosse, falta de ar, febre persistente) e mantenha as medidas de isolamento. Busque atendimento médico para a confirmação do diagnóstico e, assim, receber acompanhamento.
Não tenho sintomas, mas tive contato com um caso confirmado de Covid-19. Posso fazer o autoteste?
Sim. O autoteste pode ser realizado a partir do 5º (quinto) dia após último contato com a pessoa infectada pelo coronavírus. Se ela morar na mesma residência que você, o exame pode ser feito cinco dias após o início dos sintomas do caso confirmado.
Se o exame der positivo, você deve isolar-se. Para resultado negativo, mantenha o uso de máscaras em ambientes com outras pessoas e esteja atento a sinais e sintomas da doença que podem surgir.
Nunca fiz este tipo de exame e tenho dúvidas. O que fazer?
Todo autoteste contém manual de instruções sobre como realizar a coleta, manusear a amostra e interpretar o resultado, bem como fazer o descarte adequado dos materiais. O fabricante também pode ser contatado quando as etapas para realizar o teste não estiverem bem explicadas.
Caso você tenha dúvidas sobre o que fazer após a realização do exame, o serviço de saúde deve ser acionado. O autoteste pode auxiliar o diagnóstico e acompanhamento da Covid-19, mas não deve ser utilizado sem avaliação médica conjunta.
*Artigo escrito por Naiane Lomes, médica infectologista e consultora parceira da It’sSeg.
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