TURBINAR | 28.JULHO.2021
Tecnologia e Gestão de Saúde: confira os destaques do webinar
Desde a admissão de novos funcionários, passando pela gestão de benefícios até a realização de uma gestão de saúde eficaz, a tecnologia pode auxiliar as empresas na resolução de desafios do dia a dia.
Nos últimos dois anos, a It’sSeg tem investido na criação de sistemas inteligentes para ajudar nossos clientes. Esse foi o motivo pelo qual criamos a Oktuz, nosso laboratório de inovação. Seu principal objetivo é pensar e desenvolver produtos de tecnologia que otimizem a operação do RH.
Hoje, ferramentas de big data robustas permitem uma análise focada na resolução com elementos preditivos, o que possibilita maior dinamismo e eficiência nos processos. E é exatamente disso que falamos no webinar sobre Tecnologia e Gestão de Saúde, realizado no dia 21 de julho.
O diretor de tecnologia da It’sSeg, João Siqueira, comandou um bate-papo super relevante junto a Renan Saber, superintendente da área técnica da It’sSeg, e Danilo Nakandakare, superintendente da área de gestão de saúde.
Quer saber tudo o que rolou nesse encontro? Continue a leitura e fique por dentro dos principais assuntos!
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Como a tecnologia otimiza a gestão de saúde?
No início do bate-papo, João perguntou o quanto a tecnologia conseguiu dar velocidade e escala para a gestão de saúde da It’sSeg.
Renan, líder técnico responsável por toda a negociação de reajustes da carteira, bem como estudos comerciais e análise de riscos, destacou a importância de entender a dimensão do projeto. Atualmente, a It’sSeg atende mais de 737 mil vidas, distribuídas em cerca de 200 clientes e 27 operadoras de saúde.
“São mais de três mil visualizações por mês em nosso BI de saúde, feitas por 220 pessoas diferentes. Analisamos mais de R$ 5 bilhões em sinistro, R$ 6 milhões de consultas, R$ 20 milhões de exames e R$ 3 milhões de terapias multidisciplinares. Esses números compreendem o que está ativo, pois, o que está em nosso armazém de dados certamente é três vezes maior. A ideia sempre foi se diferenciar do mercado com um sistema escalável e inteligente. Com esses números, acredito que conseguimos”, afirmou.
Dessa forma, continuou Renan, as informações podem ser atualizadas mensalmente, conforme envio das operadoras, o que possibilita a entrega de centenas de indicadores na ponta (cliente, relacionamento, gestão de saúde) de forma estratificada, para que possam traçar um plano de ação rapidamente.
“Ou seja, um trabalho que antes fazíamos para poucos, hoje, fazemos para a maioria dos clientes e sem perder a capacidade técnica da análise. Inclusive, eu diria até que melhoramos muito nossa avaliação, pois deixamos de perder tempo com execução”, pontuou.
Vale lembrar que, hoje, a It’sSeg está entre os 10 maiores utilizadores do Power BI, serviço de análise de negócios da Microsoft, no Brasil. São mais de 50 milhões de registros armazenados em nossa base de dados. E esse número só cresce.
Para Danilo, que atua há 13 anos na área médica administrativa de grandes operadoras e corretoras, o uso do BI (business intelligence) proporciona um olhar sobre a gestão de saúde por todos os prismas: financeiro, gerencial e médico.
Assim, é possível entender o histórico de custos das empresas – importante para qualquer contrato – e também o comportamento de utilização da massa. Com esses indicadores, no caso de desvios, entra em cena a área de gestão para propor soluções que reduzam os riscos e prejuízos. Além disso, a saúde dos funcionários é observada de perto pela equipe médica, que pode criar ações direcionadas para cada um.
Como a tecnologia ajuda a ser mais assertivo?
Renan ressaltou que a agilidade do sistema traz uma imensidão de cenários em poucos cliques. O que possibilita uma assertividade absurda nas análises, devido aos algoritmos preditivos. Para exemplificar, o líder técnico contou como a tecnologia facilitou o dia a dia:
“Na prática, quando um cliente nos questionava quais eram os problemas nas suas 30 unidades de negócio, a equipe já ficava em prantos. Pois, teríamos que analisar 30 unidades no detalhe, puxando as bases da nuvem, importando arquivos, analisando item a item… Enfim, era um trabalho para 30 dias, no mínimo. Com o BI, continuamos fazendo 30 análises, mas com uma celeridade enorme, porque o sistema entrega os indícios para irmos direto no foco do problema.”
Por falar em assertividade, esse é um ponto fundamental. A maioria propõe soluções macros. Mas, como nosso presidente fala, não existe uma bala de prata.
O sistema inteligente de saúde permite analisar de forma rápida por unidade de negócio, região, tipo de plano, entre outras variáveis – que para a análise médica também é essencial. Outra característica importante é o seu algoritmo preditivo. De maneira resumida, seu objetivo é aplicar uma função numa grande quantidade de dados soltos, para identificar padrões que podem mostrar tendências futuras.
Na prática, quando alguém faz uma sequência de procedimentos de saúde dentro de um período específico, o sistema sugere que essa pessoa é, possivelmente, portadora de alguma doença. Por que possível portadora? Porque não temos resultado de exames. É uma hipótese, uma previsão. Daí, entra a equipe médica.
O sistema identifica grupos de risco?
O reconhecimento de grupos de risco, de acordo com Danilo, é feito por meio da associação de eventos. São três etapas em que o sistema aponta uma classificação, dando subsídios para as áreas trabalharem protocolos distintos e focados em cada uma delas.
Para explicar melhor, vamos supor que o funcionário fez um exame para investigar um problema osteomuscular. Nesta fase, se não houver outro procedimento, o sistema o identificará como “rastreamento”. Caso ele passe a fazer fisioterapia, por exemplo, se enquadrará na categoria “tratamento conservador”. Mas, se a situação evoluir para o tratamento cirúrgico, então, é categorizado no estágio três.
“Utilizamos esses dados para verificar a incidência dos grupos de risco ou patológicos da empresa. Identificamos desvios e propomos ações preventivas ou intervencionistas. Basicamente, trabalhamos na atenção primária, promovendo educação através da orientação”, contou Danilo.
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Como a gestão de saúde inteligente resulta em economia?
Segundo Renan, sob o olhar técnico, podemos definir economia de duas formas: a real e o custo evitado.
É possível gerar o custo evitado de várias maneiras. Isso é, as ações propostas pela equipe médica geram a redução da sinistralidade do plano de saúde, que por consequência, resulta em um reajuste e prêmio menores, explicou o especialista. E tem a economia “real”, inclusive em contratos pós-pagos.
Então, todas as ações e programas feitos em conjunto com a área médica têm como consequência primária, ou secundária, a redução do sinistro/custo. E muitas delas saem do BI, desde a criação de protocolos até a mudança de copartipação.
No que diz respeito a economia, Danilo lembrou de dois casos recentes. Em uma empresa do ramo varejista, após o cruzamento da base de dados, foi verificado que os afastamentos por saúde mental traziam um grande impacto financeiro. O que se gastava em custo absenteísta era o mesmo que o assistencial. Dessa forma, deram início a um programa de saúde mental – que apesar de recente, já mostrou uma ligeira redução de atestados.
Outro cliente, do mesmo setor e predominantemente formado pelo público feminino em idade fértil, conseguiu custo evitado com o programa de gestantes. Cerca de R$ 47 milhões em três anos e meio, após sua implementação.
Para finalizar a conversa, João, responsável pelo desenvolvimento dos produtos de tecnologia da Oktuz, lembrou que a plataforma é altamente personalizável para cada empresa. “Obviamente uma atualização em sistema que já está no ar é sempre mais difícil e morosa, mas independente da sugestão, ela passa por um comitê técnico e após testes e homologação, vai para a programação”, completou.