Gestão de Crônicos: empresas devem engajar tanto quanto colaboradores
A gestão de crônicos é estratégica para as empresas reduzirem custos com saúde e alcançarem suas metas de produtividade, promovendo o bem-estar dos colaboradores.
As doenças crônicas são um dos maiores problemas de saúde pública do Brasil e do mundo, com impactos que permeiam a ocorrência de mortes prematuras, a perda de qualidade de vida, o aparecimento de incapacidades e elevados custos econômicos para a sociedade e para os sistemas de saúde.
Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 52% da população adulta brasileira possui pelo menos uma doença crônica, como problemas osteomusculares, hipertensão, diabetes e depressão. Com progressão lenta e longa duração, elas comprometem a qualidade de vida e afetam a produtividade no decorrer do dia a dia. A maioria das doenças crônicas, porém, pode ser prevenida ou controlada com mudanças comportamentais.
Saúde e bem-estar devem estar integrados às políticas da empresa
A idealização do programa de gestão de crônicos deve considerar diferentes graus de complexidade, com o objetivo de estruturar abordagens que possam impactar casos distintos. Segundo o superintendente médico de gestão de saúde da It’sSeg, Danilo Nakandakare, o acompanhamento deve ser contínuo para gerar resultados a curto, médio e longo prazos.
“Quando falamos em doença crônica, falamos também sobre hábitos e estilo de vida. Um hipertenso pode estar com a pressão arterial controlada e sem tomar remédios, mas se ele voltar a ser sedentário ou se alimentar mal, poderá voltar a ter hipertensão. Conforme há melhora, podemos alterar a sazonalidade ou frequência de contato”, explica Danilo.
Garantir a motivação e engajamento dos colaboradores é, no entanto, um desafio nas empresas que realizam somente ações pontuais de saúde. Mudar esse cenário exige que a promoção do bem-estar e qualidade de vida esteja presente na cultura organizacional. E para isso, a liderança tem papel fundamental, de acordo com o superintendente da It’sSeg:
“Os líderes são pontos focais para a divulgação do programa e na troca de informações para determinar a atuação do monitoramento. Além disso, o colaborador não pode estar preocupado com o que seu gestor irá pensar se ele pausar o expediente por 5 minutos para realizar um atendimento médico via telefone. Por isso, é de extrema importância que as políticas da empresa estejam alinhadas com a proposta do programa.”, enfatiza.
Gestão de Crônicos na prática
Após diversas passagens pelo pronto-socorro, uma funcionária que se queixava de dores durante o expediente recebeu o diagnóstico de hérnia de disco na região lombar. A empresa, que já possuía a cultura do cuidado e um trabalho focado em gestão de saúde, encaminhou a funcionária para o programa de Gestão de Doenças Crônicas.
Desta forma, a equipe médica da It’sSeg passou a fazer o acompanhamento da funcionária e a encaminhou para sessões de fisioterapia. O monitoramento feito pela Gestão de Crônicos durou um ano e evitou novas idas ao hospital, além da realização de um procedimento de alto custo, a artrodese de coluna, que despenderia cerca de 35 mil reais do plano de saúde – o que impactaria diretamente no reajuste de mensalidade.
Esse é só um exemplo de como a gestão de crônicos traz resultados para as empresas. Mas é importante ter em mente que a eficiência do programa está na sua continuidade. Portanto, líderes e gestores devem trabalhar em conjunto para oferecer os recursos que irão contribuir, de fato, para a mudança comportamental e qualidade de vida dos seus colaboradores.
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