MERCADO | 18.JULHO.2019

Estudo divulgado pela ANS indica que despesas assistenciais somaram R$160,1 bilhões em 2018

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulgou a sétima edição do Mapa Assistencial da Saúde Suplementar. O estudo indicou que, em 2018, as despesas assistenciais somaram R$160,1 bilhões (valor nominal) – um acréscimo de 10,5% em comparação ao ano anterior.

Além disso, todos os gastos com procedimentos assistenciais aumentaram, em especial os atendimentos ambulatoriais realizados por profissionais não médicos (24,9%), as terapias (23,1%) e as consultas médicas em pronto socorro (19,1%).

Os indicadores ainda mostram que foram feitas 274,4 milhões de consultas, 164,2 milhões de outros atendimentos ambulatoriais, 861,5 milhões de exames, 93,4 milhões de terapias e 8,1 milhões de internações. Houve aumento do uso de todos esses serviços em relação a 2017, principalmente no total de terapias que cresceu 21%.

Consultas médicas

  • Em 2018, foram realizadas 216,4 milhões de consultas médicas ambulatoriais. O número apresenta uma variação de 1% em relação ao ano anterior (214,3 milhões), no entanto, houve um decréscimo no total de procedimentos por beneficiário: de 5,9 em 2017 para 5,8 em 2018.
  • As consultas médicas em pronto socorro corresponderam a 21% (57,3 milhões) do total de consultas realizadas, sendo maior nas modalidades de autogestão (25%) e menor nas seguradoras especializadas em saúde (14%).
  • O número de consultas por beneficiário é menor nos planos coletivos empresariais (5,2) em comparação com outros tipos de contratação, que chegam a cerca de 7 consultas.
  • Clínica Médica, Ginecologia e Obstetrícia, Pediatria, Oftalmologia e Ortopedia foram as especialidades mais procuradas pelos beneficiários em 2018.

Outros atendimentos ambulatoriais

Outros atendimentos ambulatoriais realizados por profissionais não médicos tiveram pouca variação, passando de 3,4 consultas por beneficiário em 2017 para 3,5 em 2018. As sessões com fisioterapeutas e psicólogos foram as que mais aumentaram no último ano, seguidos por fonoaudiólogos, nutricionistas e terapeutas ocupacionais.

Terapias

Os beneficiários realizaram em média 2 procedimentos em terapia (transfusão ambulatorial, quimioterapia sistêmica, radioterapia, hemodiálise aguda, hemodiálise crônica, implante de dispositivo intrauterino, entre outras), resultando em um aumento de cerca de 20% em comparação a 2017.

Exames

  • Em 2018, o número de exames teve um aumento de 5% em relação ao ano anterior, destacando-se os exames de hemoglobina glicada, holter de 24 horas e ressonância magnética.
  • Para um parâmetro dos procedimentos de hemoglobina glicada, o estudo utilizou os números de exames por beneficiário de 2014 a 2018. O número aumentou significativamente, tendo passado de 0,17 para 0,29 exames de hemoglobina glicada entre o período.

Mapa Assistencial da Saúde Suplementar: gráfico mostra aumento no número de exames de hemoglobina glicada por beneficiário durante os últimos cinco anos.

  • Houve um aumento de aproximadamente 6% no número de exames de holter 24 horas, entre 2014 e 2018.
  • O número de exames de ressonância magnética por mil beneficiários foi de 162 em 2017 para 169 em 2018, equivalendo a um aumento de 4,3%. Entretanto, os números das modalidades de seguradoras especializadas em saúde (316) e autogestões (210) se sobressaem.

Internações Hospitalares

Entre 2017 e 2018, o número de internações se manteve estável: de 180 para 179 a cada mil beneficiários. As modalidades de autogestão e seguradoras especializadas em saúde foram as operadoras que sofreram os maiores aumentos durante o período, passando, respectivamente, de 238 a 246 e 211 a 243 internações por mil beneficiários.

A modalidade de medicina em grupo apresentou o menor número, com uma diminuição expressiva de internações por mil beneficiários: de 151 em 2017 para 130 em 2018.