SAÚDE PÚBLICA | 20.JANEIRO.2017

Febre Amarela

Extinta dos meios urbanos desde 1949 e sem grandes números de novos casos até 2009, a febre amarela voltou a preencher as páginas dos noticiários por suas vítimas fatais e já preocupa a população.

Febre amarela volta a ser epidemia

Só esse ano, o Ministério da Saúde já confirmou oito mortes por febre amarela e outras 47 ainda estão sendo investigadas, além dos 184 casos de suspeita da doença. O que mais preocupa, tanto a população quanto as autoridades sanitárias, é o fato da doença já estar presente em 14 municípios do Brasil, com possibilidade de se expandir rapidamente para os centros urbanos.

A febre amarela é uma doença infecciosa grave, causada pela picada de transmissores infectados. Os mosquitos que a transmitem são o Aedes Aegypti (mosquito da dengue), responsável pela propagação da doença na cidade, e os mosquitos Haemagogus e Sabethe, vetores da febre amarela silvestre.

Sintomas da febre amarela

Os primeiros sintomas da febre amarela são repentinos: febre alta, calafrios, cansaço leve, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos que duram cerca de três dias. Em casos mais graves, a doença pode gerar insuficiência hepática e renal, icterícia (olhos e pele amarelados), hemorragias (de gengivas, nariz, estômago, intestino e urina) e cansaço intenso.

Como se proteger

Segundo o Ministério da Saúde, são consideradas imunes pessoas que tomaram as duas doses da vacina contra a febre amarela. Uma dose garante a imunidade por 10 anos, depois disso é preciso tomar a segunda dose. Quem vai viajar para cidades onde estão acontecendo surtos e não está com a proteção em dia, é importante se vacinar no mínimo 10 dias antes da viagem. A vacinação é gratuita e está disponível nos postos de saúde de todo o País.

Mulheres grávidas, lactantes, crianças com menos de seis meses e pessoas infectadas pelo vírus HIV ou outras condições de imunodepressão, em via de regra, não devem tomar a vacina. Em situações excepcionais, o médico deverá avaliar o benefício/risco da vacinação.

Vale se prevenir com repelente e uso de inseticida. A única forma de evitar a febre amarela silvestre é a vacinação. Já a febre amarela urbana pode ser prevenida não deixando água parada e, assim, interrompendo a proliferação do Aedes Aegypti.